segunda-feira, 24 de outubro de 2016

VIRTUDE E VICIO

Virtude e vício são coisas distintas em essência.
A virtude é habituar-se à prática do saudável, daquilo que proporciona prazer e faz bem.
Enquanto o vício é danoso e só causa mal.
A virtude implica em bons hábitos, como reservar momentos para admirar a natureza, destinar parte do tempo para praticar a quietude, mergulhar em si mesmo, admirar o belo.
Aquele que lê, ouve boas músicas e se alimenta sem pressa, cultiva hábitos salutares.
Esse certamente vai descobrir coisas maravilhosas.
São pessoas que contemplam a vida com olhos de quem ama a Deus.
Manter bons hábitos nos ajuda a um maior domínio próprio e senso de equilíbrio para administrar as vicissitudes da vida e não nos entregarmos às depressões.
Bons hábitos fazem a vida sempre melhor.
Práticas diárias saudáveis e sociáveis tornam a vida de todos mais proveitosas e benéficas.
Como realizar boas ações e auxiliar aqueles que estão ao redor.
Os hábitos, bons e maus, influenciam muitas vezes a conduta dos mais próximos.
Servem de exemplo. Por isso é grande a responsabilidade por nossas práticas.
Devemos estar sempre atentos aos nossos costumes.
Há aqueles que cultivam mau hábitos: os vícios.
São pessoas que vivem num mundo da correria exagerada, da rapidez do descartável, onde a calma e o bem-feito parecem ter perdido o seu lugar.
Viciadas são todas aquelas que vivem a desrespeitar as condições básicas do bom-viver.
Tem vício quem adora a sofisticação em vez das coisas naturais e simples, quem fuma,
quem usa drogas, quem fere o próximo ou quem ingere álcool exageradamente.
É viciado quem infelizmente deixa de lado o saudável ato de criar para repetir padrões sem nenhuma inventividade.
Gente que a todo instante acena com facilidades e superficialidades.
Viciados são todos os descrentes de suas habilidades, que só buscam imitar e procurar o mais fácil.
Viciadas são as pessoas que mal se permitem comer uma boa refeição, por não se darem ao trabalho de escolher um cardápio que as satisfaçam, e se alimentam de pratos congelados, sem nenhuma caloria, desprovidos dos nutrientes necessários para a nossa saúde.
Gente que detesta usar a calma e a paciência em suas ações.
Viciadas são todas aquelas que ignoram o respeito ao próximo, a si mesmas e fazem dos melhores valores algo desprezível e descartável.
Enfim, se bastam com suas medíocres existências.
Observando as diferenças entre a virtude e o vício percebemos que a vida de quem dispensa os hábitos positivos pode parecer mais prática, mas, sinceramente, perdeu muito do seu encanto, do seu romantismo e da sua poesia.
Não é este o modelo de vida desejável para os nossos filhos.
Quando nos habituamos a práticas pouco saudáveis, desperdiçamos tempo com coisas bobas e fúteis. Fazemos mal a todos e ao mundo.
Mas quando incorporamos bons hábitos às nossas ações, cooperamos para a beleza e melhoria da vida do planeta.
E, à medida em que nos lembramos de dar o melhor de nós mesmos, através de pequenos gestos que podem contribuir para o bem-estar da humanidade, impondo cada vez mais a virtude em nossas vidas, estaremos enfraquecendo o sentimento de pequenez daqueles que usam o vício como princípio em suas vidas.

Portanto, tornemos a virtude uma prática natural em nossa vida e estaremos contribuindo para um mundo melhor.

PIAGET E O DESENVOLVIMENTO DA RAZÃO E DA MORAL

Jean Piaget, a partir de observações minuciosas de seus próprios filhos e de várias outras crianças concluiu que estas, ao contrário do que se pensava na época, não pensam como os adultos: certas habilidades ainda não foram desenvolvidas.

Para ele, os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais. Assim sendo, podemos concluir que esse processo requer tempo.

Para que estas interações aconteçam, há a ocorrência de processos de organização interna e adaptação e essa ocorre na interação de processos denominados assimilação e acomodação.

Os esquemas de assimilação se modificam de acordo com os estágios de desenvolvimento do indivíduo e consistem na tentativa destes em solucionar situações a partir de suas estruturas cognitivas e conhecimentos anteriores. Ao entrar em contato com a novidade, retiram dele informações consideradas relevantes e, a partir daí, há uma modificação na estrutura mental antiga para dominar o novo objeto de conhecimento, gerando o que Piaget denomina acomodação.

Piaget, ainda, argumenta que o desenvolvimento da moral abrange três fases, denominadas:

anomia (crianças até 5 anos): geralmente a moral não se coloca, com as normas de conduta sendo determinadas pelas necessidades básicas. Porém, quando as regras são obedecidas, são seguidas pelo hábito e não por uma consciência do que se é certo ou errado. Um bebê que chora até que seja alimentado é um exemplo dessa fase.

heteronomia (crianças até 9, 10 anos de idade): O certo é o cumprimento da regra e qualquer interpretação diferente desta não corresponde a uma atitude correta. Um homem pobre que roubou um remédio da farmácia para salvar a vida de sua esposa está tão errado quanto um outro que assassinou a esposa, seguindo o raciocínio heteronômico.

autonomia: legitimação das regras. O respeito a regras é gerado por meio de acordos mútuos. É a última fase do desenvolvimento da moral.

Tendo conhecimento que as crianças e adolescentes seguem fases mais ou menos parecidas quanto ao desenvolvimento moral, cabe ao educador compreender que há determinadas formas de lidar com diferentes situações e diferentes faixas etárias. Cabe a ele, ainda, conduzir a criança na transição anomia - heteronomia, encaminhando-se naturalmente para a sua própria autonomia moral e intelectual.

LIBERDADE E RESPONSABILIDADE

Para se compreender a relação entre a liberdade e a responsabilidade é necessário, primeiro que tudo, conhecer o que significam estas liberdades e a sua integração no contexto filosófico.
A palavra liberdade tem uma origem latina (libertas) e significa independência. Etimologicamente, a palavra responsabilidade também vem do latim (respondere) e significa ser capaz de comprometer-se.
No senso comum, liberdade é uma palavra que pode ser definida em variados sentidos (liberdade física, liberdade civil, liberdade de expressão…). Filosoficamente, a liberdade, e mais concretamente a liberdade moral, diz respeito a uma capacidade humana para escolher ou decidir racionalmente quais os actos a praticar e praticá-los sem coacções extremas. É de carácter racional, pois os homens devem pensar nas causas e consequências dos seus actos e na sua forma e conteúdo. Esta liberdade não é absoluta, é condicionada e situada. Condicionada porque intervêm no seu exercício múltiplas condicionantes (físicas, psicológicas…). Situada porque se realiza dentro da circunstância, mundo, sociedade em que vivemos. Todas as nossas acções são fruto das circunstâncias e das nossas próprias características. É também uma liberdade solidária, porque cada um de nós só é livre com os outros, visto que não vivemos sozinhos no mundo. A liberdade humana (pode chamar-se assim porque é de carácter racional e, logo, exclusiva dos homens) reside em se poder dizer sim ou não, quero ou não quero. Nada nos obriga a ter apenas uma alternativa. O exercício da liberdade exige reflexão e, logo, tempo. Por isso, a reacção é diferente da acção, visto que a primeira é imediata face a um estímulo.
A responsabilidade moral é, por sua vez, uma capacidade, e ao mesmo tempo uma obrigação moral, de assumirmos os nossos actos. É reconhecermo-nos nos nossos actos, compreender que são eles que nos constroem e moldam como pessoas. A responsabilidade implica que sejamos responsáveis antes do acto (ao escolhermos e decidirmos racionalmente, conhecendo os motivos da nossa acção e ao tentar prever as consequências desta), durante o acto (na forma como actuamos) e depois do acto (no assumir das consequências que advêm dos actos praticados).
A liberdade e a responsabilidade estão tão ligadas na medida em que só somos realmente livres de formos responsáveis, e só podemos ser responsáveis se formos livres.
A responsabilidade implica uma escolha e decisão racional, o que vai de encontro à própria definição de liberdade.
Por outro lado, se não agirmos livremente, não podemos assumir totalmente as consequências dos nossos actos, visto que as circunstâncias atenuantes seriam muito fortes. Só o sujeito que é capaz de escolher e decidir racionalmente, com consciência, é capaz de assumir as causas e as consequências da sua acção.
Além disso, a liberdade e a responsabilidade são parâmetros essenciais na construção de um indivíduo como pessoa, visto que é através da liberdade e da responsabilidade que um sujeito é capaz de se tornar efectivamente autónomo.

domingo, 2 de outubro de 2016

A linguagem dos jovens

A linguagem é o veículo mais fantástico para expressão, comunicação e manifestação cultural de um povo. E, nesse campo da linguagem, fenômeno curioso a ser observado, na atualidade, é o uso de gírias e expressões populares, nascidas em meio aos jovens, que estão sempre a imprimir dinamicidade, velocidade, criatividade e animação à língua. A essas novas palavras são criadas para situações momentâneas, são as gírias. Muita gente sente repulsa por elas, todavia essas expressões estão impregnadas no dia-a-dia da juventude, numa demonstração da dinamicidade cultural da língua portuguesa.
O uso da gíria, até pouco tempo atrás, era uma linguagem dos malandros e marginais, mas, com a ajuda dos meios de comunicação, que abrandou sua negatividade, e a tolerância na educação escolar, hoje o uso da gíria já é comum até na classe média alta, que sempre prezou pelo padrão culto.
Em meio aos gramáticos, o que vem ser a gíria? Evanildo Bechara, na edição revista e ampliada da sua Moderna Gramática Portuguesa, (1999:351), cita a gíria como uma forma de renovação lexical, através de um empréstimo feito por uma comunidade lingüística a outra comunidade, dentro da mesma língua histórica. Dino Preti (1999) diz que a gíria provém do dinamismo por que passa a sociedade moderna, da velocidade das mudanças e do abandono das tradições. Para ele há três fatores defi-nidores das características da gíria: dinamismo, mudança, renovação.
Neste artigo, entende-se a gíria como uma palavra nova que surge no uso comunitário. Ela poderá incorporar-se ao léxico da língua ou ser um modismo passageiro. Pois esse léxico ou vocabulário é o componente da língua que mais facilmente retrata as mudanças e variações lingüísticas, considerando ter como função nomear e designar fatos, processos, objetos, pessoas. Reflete, necessariamente, as transformações sociais.E como o léxico de uma língua pertence a uma classe aberta de palavras, há sempre a incorporação de novos itens lexicais.
Em nosso país existe uma vasta forma de se falar o português. Cada região possui seus dialetos. Devido ao nível de escolaridade surgiu a gíria. Normalmente uma pessoa que teve acesso à educação formal fala o português correto, já às pessoas menos favorecidas usam gírias para se expressar. A gíria é um fenômeno da linguagem que não se identifica seu significado através do seu sentido literal. Desse modo, uma gíria não pode ser traduzida em outra língua.
O mal encontrado no uso das gírias, é que as pessoas a adotam como linguagem diária e passam a desprezar o nosso vocabulário oficial, chegando mesmo a esquecê-lo ou a não dominá-lo.
Todavia, todo falante deve prezar o bom uso de sua língua materna, pois ela divide os falantes dentro das classes sociais. E, nessa divisão, há formas de prestígio, eleitas para os vencedores dos empregos públicos, dos cargos mais importantes na vida social. Falar e escrever bem são exigências do mundo moderno e, nesse mundo, os jovens ocupam o maior espaço.
Alguns exemplos de gírias:
* Dar um rolé: passear, sair.
* Gostosa: mulher bonita, sensual.
* Porrada: soco, murro.
* Pipoco: tiro.
* Mocréia: mulher feia.
* Bater um fio: dar um telefonema.
* Antenado: ligado, atento.
* Azaração: paquera, namoro.
* Baranga: mulher feia.
* Boiola: homossexual.
* Mala: pessoa chata.
* Mauricinho: rapaz bem vestido, filhinho de papai.
* Pagar mico: passar vexame.
* Patricinha: menina bem vestida.
* Ficar:namoro de um encontro apenas.
* Mano: forma de tratamento.
* Bagulho: pessoa feia.
A gíria dos jovens é uma espécie de cola social, que está presente no cotidiano da vida de uma sociedade, em seus diversos setores: escola, família, trabalho, lazer, igreja, dentre outros. Agora, usá-la, adequadamente, exige do usuário o domínio das diversas variedades lingüísticas, de modo que para cada situação use um registro adequado, sabendo distinguir o uso oral do uso escrito.
Diz-se, finalmente, que a língua é rica por apresentar variedades lingüísticas, por dar aos falantes o poder de criação, liberdade. Essa é a beleza de uma língua que não preciso ficar estanque, presa às regras, pois o seu papel é vital às relações humanas. Tudo depende da língua para ser divulgado em informações – através dos meios de comunicação de massa – para construir um sistema literário e cultural, para desenvolver tecno-logias, enfim, para perpetuar feitos humanos. A gíria é um recurso a apontar as variações da estrutura social e as variações da estrutura lingüística, tão necessárias ao processo comunicativo e, portanto, aceitáveis desde que empregada adequadamente.
http://agazetadoacre.com/noticias/a-linguagem-dos-jovens-3/

O que é Comunicação Social?

Comunicacao Social

Comunicação Social é o estudo das causas, funcionamento e conseqüências da relação entre a sociedade e os meios de comunicação de massa – rádio, revista, jornal, televisão, teatro, cinema, propaganda, internet. Engloba os processos de informar, persuadir e entreter as pessoas. Encontra-se presente em praticamente todos os aspectos do mundo contemporâneo, evoluindo aceleradamente, registra e divulga a história e influencia a rotina diária, as relações pessoais e de trabalho.
As opções de estudo universitário na área de Comunicação Social são: Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Radialismo e Televisão, Cinema, Direção Teatral, Produção Editorial, Produção Cultural, Relações Públicas, Design de Moda e Marketing. Além dessas, muitos alunos seguem cursos afins como Desenho Industrial e Arquitetura.

Gramática universal

Gramática universal é uma teoria lingüística da escola transformacional e generativa que afirma que determinados princípios comuns subjazem a todas as línguas naturais. Essa teoria vai além da gramática nocional - proposta por Otto Jespersen em 1922, no seu livro Language, its nature, Development and Origin -, da qual é herdeira, e defende que tais princípios são inatos . A gramática universal investiga, portanto, quais características linguísticas são comuns a todas as línguas do mundo - por exemplo, o fato de todas terem vogais (PERINI, 1976: 24). É uma gramática de base comparativa, que procura descrever e classificar todos os fatos que ocorrem universalmente em todas as línguas (isto é, os universais linguísticos) (TRAVAGLIA, 1998).
Essa teoria não afirma que todas as línguas naturais tenham a mesma gramática ou que todos os humanos estejam "programados" com uma estrutura que subjaz a todas as expressões de línguas humanas, mas que existe uma série de regras que ajudam as crianças a adquirir sua língua materna. Dois linguistas que tiveram influência considerável nessa área, seja diretamente ou mediante a escola que promoveram, são Noam Chomsky e Richard Montague.
A gramática universal, na sua forma atual, pensada por Chomsky,[1] seria aplicável a qualquer língua humana, seja na forma escrita como na forma verbal. A origem dessa concepção, conforme reconhece o próprio Chomsky, é a Grammaire générale et raisonnée contenant les fondemens de l'art de parler, expliqués d'une manière claire et naturelle (1660), de Port-Royal, contrapartida da Logique ou l'art de penser, também escrita por membros do movimento jansenista centralizado em Port-Royal. A gramática de Montague, uma semântica aplicada diretamente às línguas naturais desenvolvida por Richard Montague, é outro exemplo de gramática universal. Todavia, as abordagens de Montague e de Chomsky se opõem radicalmente: segundo Montague, a semântica faz parte dalógica, e não da psicologia, e não é necessário que uma regra sintática ou que uma regra de interpretação semântica seja imputada a um locutor, como quer Chomsky.

A Filosofia da Comunicação

Um novo ciclo surgiu, um recomeço para uma nova comunicação. A comunicação do Homem com a Natureza, tanto interior quanto exterior, contando também com tudo o que nos rodeia. Está tudo implícito dentro de nós, basta descobrirmos quem realmente somos e permitirmos o redescobrirmos da nossa causa inicial de estar aqui.
Assim é como nos comunicamos. Quando pensamos o que vamos falar, como dizer, o que devemos comunicar é justamente uma reação daquilo que se vem fazer dentro da vida. E é essa a palavra escolhida para abrir essa comunicação: vida.
No século XX Michel Foucault indicou-nos o tempo do conhecimento, a micro física do saber e o seu paradoxo com o macrocosmo de uma árvore do conhecimento. Esse dito inicia um estudo para percebermos que dentro dessa árvore do conhecimento é necessário entender, agora, a comunicação como a união de diversas linguagens. Assim, os séculos XIX e XX significaram a transição de um pensamento hegemônico físico-químico, para um pensamento bioethoslogico.
Isso parece ambicioso ou talvez reles para a elevação da filosofia, mas não é a filosofia uma amizade pela sabedoria, uma vontade de verdade mais simples e sabia, e menos universalista do que a ciência tem procurado em seu passado? Ora, a filosofia não é então para todos uma necessidade para a Vida? Se a filosofia não é necessária, as humanidades são indispensáveis. E não é a filosofia a cabeça das humanidades? Será possível, através da filosofia, chegar ao conhecimento? Apostamos que sim, senão não seríamos filósofos. Acreditamos que o papel substancial da filosofia está no pensar o conhecimento além da informação, e chegar ao conhecimento pelo pensar próprio.
A filosofia foi o elo de união entre ciência e religião e mesmo hoje adotando um caráter mais científico mantém uma capacidade apolínea primeira de um “conhece-te a ti mesmo”, sendo, assim, um elo de ligação entre o ser humano com um todo e o mundo. Ainda que Nietzsche tenha dito tanto contra Sócrates e discursado pela necessidade de quebrar o apolíneo em favor do Dionisíaco, não foi o próprio Zaratustra que declarou o homem ponte como o elo entre o homem e o super-homem. Que homem ponte é esse? O recurso escrito se mostra extremamente limitado, mas ao mesmo tempo um exercício de uma manifestação do Logos múltiplo, de perceber as diversas razões e objeções a um único discurso mental. Devemos compreender essa ponte respeitando a reminiscência, que nos remete a Aristóteles e Platão, para despertar a filosofia em todos que estão querendo ou necessitando. Será impossível fazer filosofia para um surdo mudo? Serão ignorados os livros neurolinguistas que atestam essa possibilidade de certa forma?
É necessário abrir os olhos no sentido de uma visão tolerante e numa vontade de conhecer aquilo que não é interesse, vontade essa que já foi chamada de curiosidade filosófica, mas hoje está além no sentido de ser acima da filosofia e da curiosidade, e uma vontade de conhecer o mundo como holos. Devemos desenvolver os dois lados cerebrais. Isso é uma tarefa extremamente difícil já que somos criados para ser destro, o que não é, por completo, uma agressão, e sim um desenvolvimento.
Foucault diz que “as palavras (da filosofia) se propõem ao homem como coisas a decifrar. A grande metáfora do livro que se abre, que se soletra e que se lê para conhecer a natureza não é mais que o reverso visível de uma outra transferência, muito mais profunda, que constrange a linguagem a residir ao lado do mundo, em meio as plantas, as ervas e animais”.
A vontade de comunicar e a capacidade de comunicar ainda estão distantes e limitadas. Hoje, a web, a teia mundial, esta para todos, mas nem todos estão para ela. E indo além se chega a dizer que estão decapitando a comunicação ao ponto de pensarmos que só nos salvaremos pela telepatia. A antipatia é um sentimento crescente, a falta de vontade de se comunicar de informar é algo alarmante. No século da comunicação em que as pessoas usam aparelhos celulares de diálogo instantâneo não conseguem se comunicar com alguém desconhecido. Ou então não conseguem se entender com os conhecidos. Por que tanto caos, por que tanta briga? Por que devemos viver ainda no tempo das conquistas? O que é a conquista? Nisso Maquiavel pode nos ajudar um tanto.
Colocando-se a questão do excesso de informações extravasando muitas vezes as portas das percepções. Ora, é impossível passar um elefante ou uma girafa por uma porta de uma casa comum aos moldes ocidentais. Então, é necessário portas perceptivas mais largas e como chegar a isso é um desafio. Bom, agora devemos nos perguntar o que tudo isso tem a ver com a comunicação? Bem, já deve ter sido dito que conversando a gente se entende, e se estamos no mundo nos comunicando é necessário chegar a algum lugar. E não é pretendido aqui nessa comunicação chegar ao lugar-comum, por mais que talvez toda a comunicação não tenha esse objetivo. Mas chegar dentro de uma solidariedade com o outro, dentro de uma alteridade efetiva, é algo complicado que pensamos e repensamos a cada dia de nossa vida. Ora, não estamos filosofando com o mundo estamos filosofando com nós, comum-unidade e como-h-uma-unidade, é necessário ouvir se esse é o melhor caminho para dirigir-se da melhor maneira- Essas questões excitam o cérebro rumo ao que estaremos chamamos de comunicação ativa.
http://www.revistazena.com.br/gabriekafure/materia/a-filosofia-da-comunicacao/

linguagem eletrônica

Hoje; a linguagem eletrônica está sendo muito comentada; e faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. A linguagem desempenha um papel fundamental na comunicação social. Uma cultura pode depender totalmente; da comunicação oral ou escrita. A comunicação oral; escrita e a eletrônica fazem parte da comunicação viva; interativa; direta; contextualizada; situada em um contexto complexo; principalmente na produção escrita. O tema proposto nesta dissertação envolve a linguagem escrita e a comunicação eletrônica; a partir do que pensam alunos e professores e alunos do ensino médio. Teve como objetivo verificar se os alunos utilizam linguagem eletrônica nos textos escritos e o que pensam sobre a mesma; se a escrita usada pelos alunos está relacionada diretamente à linguagem eletrônica. Observou-se nos textos produzidos pelos alunos algumas dificuldades como: questão de ortografia; concordância verbal e nominal; estrutura textual; também de conteúdo; ou seja; argumentos sobre o mesmo. Categorizou-se as dificuldades apresentadas e analisou-se as mesmas. Metodologicamente; caracteriza-se como pesquisa qualitativa. Os sujeitos deste estudo foram alunos da terceira série do ensino médio e professores de Língua Portuguesa. A coleta de dados foi realizada a partir de entrevistas com questões abertas; aplicadas para professores e alunos e coleta de textos produzidos nas aulas de Língua Portuguesa e Geografia. A partir dos dados; foi realizada a análise com base nos autores da área. Diante disso; pode-se verificar que há alguns problemas de escrita relacionados diretamente à linguagem eletrônica. Pode-se observar outras dificuldades; especialmente; de coesão e coerência textual; ortografia e outras de conteúdo.

invenção da imprensa

Quando se estuda o período doRenascimento, geralmente se destaca o advento de algumas invenções, tais como o telescópio e o relógio de precisão. Uma dessas invenções que provocaram uma verdadeira revolução no terreno da escrita e da leitura foi aimprensa, isto é, a máquina de impressão tipográfica inventada pelo alemão Johann Gutenbergno século XV.
O nome imprensa remete, nos dias atuais, quase que automaticamente às instituições de divulgação de notícias e opiniões sobre fatos cotidianos, isto é: aos jornais e revistas especializados, sejam diários, semanários ou mensários. Esse nome, entretanto, designa, originariamente, um tipo de dispositivo técnico capaz de reproduzir palavras, frases, textos ou mesmo livros inteiros através de caracteres ou tipos móveis. Esse dispositivo foi inventado por Gutenberg na década de 1430.
Durante milênios a escrita restringia-se a modos de réplica muito limitados, como as tabuinhas com escrita cuneiforme dos povos sumérios, os papiros egípcios, os ideogramas chineses, entre outras variadas formas de reprodução, cujo acesso era restrito a pequenos grupos de pessoas, geralmente escribas. Apenas com a invenção de Gutenberg a propagação de livros, como a Bíblia – o primeiro dos livros inteiros publicados pela técnica da imprensa –, passou a ficar intensa. Isso se dava, fundamentalmente, em razão da facilidade que havia na reprodução dos textos. Não era necessário copiar à mão palava por palavra como se fazia até então. Fazia-se um molde com os caracteres móveis e, a partir dele, imprimiam-se quantas cópias o estoque de tinta à base de óleo suportasse. O nome que passou a ser dado ao conjunto de papéis impressos em caracteres móveis foicódice, do latim codex.
Modelo da máquina de impressão inventada por Gutenberg no século XV
Modelo da máquina de impressão inventada por Gutenberg no século XV
Como dito acima, o primeiro livro impresso foi a Bíblia, em idioma vernáculo (em alemão). Esse fato foi de fundamental importância à Reforma Protestante, que se desenrolou no século XVI, haja vista que até então a Bíblia era lida em latim e sua circulação não era tão grande tal como passaria a ser a partir da invenção da imprensa.
O historiador francês Roger Chartier, um dos grandes estudiosos da história do livro e da leitura, destacou que a invenção de Gutenberg foi tão revolucionária que só pode ser comparada à invenção do computador e da reprodução digital da escrita, como pode ser verificado no trecho a seguir:
“Minha primeira pergunta será a seguinte: como, na longa história do livro e da relação ao escrito, situar a revolução anunciada, mas, na verdade, já iniciada, que se passa do livro (ou do objeto escrito), tal qual o conhecemos, com seus cadernos, folhetos, páginas, para o texto eletrônico e a leitura num monitor? […] A primeira revolução é técnica: ela modifica totalmente, nos meados do século XV, os modos de reprodução dos textos e de produção dos livros. Com os caracteres móveis e a prensa de imprimir, a cópia manuscrita deixa de ser o único recurso disponível para assegurar a multiplicação e a circulação dos textos.” (CHARTIER, Roger. Do códige ao monitor: a trajetória do escritoEstud. av. 1994, vol.8, n.21, pp. 185-199. ISSN 0103-4014.)

Origem do Alfabeto

O alfabeto, tal qual o utilizamos hoje, é o legado de várias culturas a partir da necessidade de registro dos sons das palavras e passou por várias transições. As primeiras representações das palavras são atribuídas a um povo semita que vivia perto do Egito há cerca de 5,5 mil anos.
Já a representação fonética das palavras é atribuída aos fenícios, sendo o modelo primordial utilizado atualmente. Por convenção, os alfabetos são abstratos e podem ser usados e adaptados a qualquer tipo de língua.​

Primeiros Símbolos

Os primeiros símbolos surgiram na região da baixa Mesopotâmia e consistiam em ideogramas e pictogramas que eram desenhos representativos de objetos. Esse sistema facilitava o entendimento nos mais diversos idiomas. Assim, estava sanada a possibilidade de registrar, armazenar dados e representar a história.
Com o passar do tempo, porém, os símbolos ficaram numerosos e representá-los era complexo. Era preciso a criação de um modelo que comportasse a formação de palavras.
Em princípio, o modelo desenvolvido pelos semitas com base na escrita egípcia -hieróglifos - foi utilizado durante 3 mil anos. Era um alfabeto silábico considerado prático, elaborado com base na escrita cuneiforme com formas gráficas e desenhos.

Alfabeto Fenício

Como maneira de facilitar os trâmites da atividade comercial, os fenícios passaram a utilizar a escrita. As anotações fonéticas foram desenvolvidas pelos fenícios a partir da escrita semita e passam a ser alfabética em meados do século XV a.C., sendo difundidas pelo mundo antigo.
O alfabeto fenício arcaico originou todos os alfabetos atuais. O sistema é composto por 22 signos que permitem a elaboração da representação fonética de qualquer palavra.
Origem do AlfabetoAlfabeto Fenício
Diferente do conjunto de representações do povo semita, o alfabeto fenício continha símbolos específicos. As letras vão da direta para a esquerda. Esse alfabeto foi adotado pelos vizinhos, chegando aos cananeus e hebreus.
Como os fenícios eram mercadores e precisavam anotar suas transações, conseguiram levar seu método de representação fonética para o Oriente Médio e a Ásia Menor, além dos árabes, etrucos e gregos, chegando à Península Ibérica.

Alfabeto Grego

Foi esse o alfabeto adotado pelos gregos por volta do século VIII a.C. Os gregos acrescentaram ao sistema mais sons vocálicos e o alfabeto passou a ter 24 letras, entre vogais e consoantes.
Com base neste sistema, um tanto mais refinado, originam-se outros alfabetos, como o etrusco e o gótico, na Idade Média; o grego clássico e o latino, que foi adotado pelos romanos. Em consequência da expansão do Império Romano, o alfabeto latino foi largamente difundido.
Foram os gregos os primeiros europeus a aprender escrever com um alfabeto e seu sistema foi fundamental para o mundo moderno.
A palavra alfabeto, aliás, é de origem grega e representa a primeira letra (Alfa) e a segunda (Beta). Com a adoção de um sistema de notação silábica, os gregos influenciaram em todo o alfabeto moderno.
As primeiras tentativas de representação gráfica da pronúncia das palavras ocorreu por volta de 1500 a.C., mas os símbolos não permitam o registro preciso dos sons. Assim, por volta do século 9 a.C., os gregos passaram a usar o alfabeto fenício que, mesmo representando os sons, não continham vogais.
Como maneira de adaptação às suas necessidades, os gregos modificaram o que lhes parecia estranho, acresceram vogais e introduziram variantes adequadas à língua que empregavam.
No início, a escrita grega acompanhava a fenícia, da direita para a esquerda. A direção foi alterada gradativamente até a adoção do sistema atual, da esquerda para a direita, padrão seguido hoje no mundo.
As letras gregas também foram adotadas na anotação de números. No sistema grego, cada letra tem um valor numérico. Hoje, o sistema é aplicado na linguagem científica e matemática.
O alfabeto grego ainda é um sistema de escrita aplicado na Grécia e nas comunidades gregas pelo mundo.
Confira o alfabeto completo em Alfabeto Grego.

Alfabeto Latino ou Romano

O latim é uma língua que pertence à família indo-europeia, assim como o grego, o sânscrito, o escandinavo antigo e o russo.
O alfabeto latino ou romano surgiu em meados do século 7 a.C. como adaptação ao etrusco. Os etruscos usavam o alfabeto grego, de onde derivam os caracteres representativos da língua latina, e o repassaram aos romanos. Sob a influência do Império Romano, muitas nações passaram a usar o latim para escrever sua própria língua.
Em consequência, todas as nações da Europa Ocidental passaram a usar o alfabeto latim que ainda hoje é o mais utilizado no mundo.
A mais antiga inscrição de caracteres latinos data, justamente do século 7 a.C. e está presente em um broche dourado guardado no Museu Etnográfico Luigi Pigorini, em Roma.
Seguindo a orientação da origem grega, as anotações latinas são lidas da esquerda para a direita. Originalmente, o alfabeto latino é constituído por 26 letras (A,B,C,D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, X, Y, W, Z).
A letra Z chegou ser descartada no século 250 a.C. porque o latim, neste período, não continha nenhum som específico para este sinal gráfico. Outras letras, contudo, foram introduzidas, seno a L e C. Depois do século 1 a.C., em decorrência da influência romana, os símbolos Y e Z foram introduzidos ao alfabeto latino.
Na Idade Média, quando a Igreja Católica exercia poderes políticos sobre a Europa Norte e Central, o alfabeto latino foi aprovado com algumas modificações para germânicos e eslavos. As chamadas línguas românicas tardias passaram a usar sinais diacríticos para a expressão de seus sons específicos. São o trema no alemão (ü), o cedilha no português e francês (ç) e o til em português e espanhol (~).

Alfabeto Português

O alfabeto de representação gráfica da língua portuguesa é o latino. Os países de língua portuguesa, que incluem o Brasil, aboliram as variações após a assinatura do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa e acrescentaram as letras que notam os sons de K, Y e W.
Assim, esse alfabeto é grafado pelas letras, A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, X, Y, W, Z.
https://www.todamateria.com.br/origem-do-alfabeto/